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O que é um indicador?

CUENTO PRODUCCION TEXTUAL *Revisa, socializa y corrige sus escritos, teniendo en cuenta las propuestas de sus compa eros y profesor, y atendiendo algunos aspectos gramaticales (concordancia, tiempos verbales, pronombres) y ortogr ficos (acentuaci n, may sculas, signos de puntuaci de la lengua castellana.




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4808154 \h 7
Os Indicadores dos Objetivos do Milênio (IODM)  PAGEREF _Toc114808155 \h 7
Sistema Integrado de Contabilidade Ambiental e Econômica (SCAE)  PAGEREF _Toc114808156 \h 8
O Índex de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD  PAGEREF _Toc114808157 \h 8
O Índex de Sustentabilidade Ambiental (ISA)  PAGEREF _Toc114808158 \h 9
O Painel de Controle de Sustentabilidade (PCS) e Índice de Desempenho Político (IDP)  PAGEREF _Toc114808159 \h 9
O método da Pegada Ecológica  PAGEREF _Toc114808160 \h 10
O Indicador do Produto Interno Bruto (PIB) – Problemas e Alternativas  PAGEREF _Toc114808161 \h 10
O Índex de Desenvolvimento Sustentável da União Européia (IDS)  PAGEREF _Toc114808162 \h 11
O Índice de Progresso Sustentável (Sustainable Progress Index, SPI)  PAGEREF _Toc114808163 \h 12
O Índice de Desenvolvimento Humano Amazônico (IDHAM)  PAGEREF _Toc114808164 \h 12
O Barômetro de Sustentabilidade (The Barometer of Sustainability)  PAGEREF _Toc114808165 \h 13
A Bussola de Sustentabilidade - The Compass of Sustainability (Atkisson 2005);  PAGEREF _Toc114808166 \h 13
O Índice de poupança genuína (Genuine Savings Indicator)  PAGEREF _Toc114808167 \h 13
A Demanda Material total de uma economia  PAGEREF _Toc114808168 \h 14
O Problema da Agregação dos Indicadores  PAGEREF _Toc114808169 \h 14
A construção de indicadores: A proposta de H. Bossel  PAGEREF _Toc114808170 \h 15
O Método  PAGEREF _Toc114808171 \h 15
Propriedades básicas do ambiente  PAGEREF _Toc114808172 \h 17
Os Orientadores da organização estrutural do sistema  PAGEREF _Toc114808173 \h 18
A importância da satisfação dos orientadores  PAGEREF _Toc114808174 \h 18
Os setores principais da organização estrutural  PAGEREF _Toc114808175 \h 19
A construção e aferição dos indicadores  PAGEREF _Toc114808176 \h 20
A dimensão ética  PAGEREF _Toc114808177 \h 20
Os primeiros passos  PAGEREF _Toc114808178 \h 20
Os Indicadores ambientais, estruturais e setoriais  PAGEREF _Toc114808179 \h 21
Proposta de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável  PAGEREF _Toc114808180 \h 22
Indicadores Normativos e Éticos  PAGEREF _Toc114808181 \h 22
Indicadores Psicológicos  PAGEREF _Toc114808182 \h 22
Indicadores de Qualificação  PAGEREF _Toc114808183 \h 23
Indicadores Organizacionais  PAGEREF _Toc114808184 \h 23
Indicadores de Condições de Vida  PAGEREF _Toc114808185 \h 24
Indicadores de Bem-estar  PAGEREF _Toc114808186 \h 25
Indicadores de Utilização de Recursos Materiais  PAGEREF _Toc114808187 \h 25
Indicadores Financeiros e Econômicos  PAGEREF _Toc114808188 \h 26
Indicadores de Dependência  PAGEREF _Toc114808189 \h 26
Indicadores de Carga Ambiental  PAGEREF _Toc114808190 \h 27
Aferição dos orientadores básicos: a Matriz de Sustentabilidade  PAGEREF _Toc114808191 \h 28
Referências  PAGEREF _Toc114808192 \h 30
Anexo  PAGEREF _Toc114808193 \h 33







Breve História dos Indicadores

Durante muitos séculos as pessoas foram, com freqüência, julgadas por um único indicador, a riqueza, que expressava muito mais do que a propriedade. Indicava também a habilidade de construir uma casa confortável, alimentar uma grande família, viver com luxo, educar as crianças, pagar pelo cuidado com a saúde e de se manter na velhice, o que implicava que, sob tais circunstâncias, as pessoas podiam ser razoavelmente felizes. Em outras palavras, a riqueza poderia ser utilizada como indicador para diferentes dimensões da vida, que contribuem para a felicidade em geral. Porém este indicador não poderia ser utilizado para contabilizar tragédias ou deficiências de uma pessoa.
Godin (2005), pesquisador da Universidade de Quebec que estuda a historia dos indicadores em CT&I dizia:
As sociedades vêm manobrando uma série de medidas nos últimos 300 anos. Inicialmente, dimensões sociais como a idade da população e morte eram contabilizadas. Indicadores do panorama da população eram elementos importantes de definição das riquezas e poder do Estado.....as estatísticas econômicas começaram a ser coletadas, principalmente no começo do século XX. O mais conhecido desses indicadores é o produto interno bruto (PIB).

Os primeiros indicadores, tais como os censos populacionais, eram exclusivamente quantitativos e contabilizados, como podia ser diferente, com objetivos fiscais e militares.
Somente depois da Segunda Guerra Mundial, a estatística mudou de qualidade e passou a integrar as políticas publicas. Surgiram instituições como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Instituto de Estatísticas da União Européia (Eurostat) que começaram a desenvolver normas e padrões internacionais para as estatísticas. O processo de incorporar as estatísticas no trabalho das grandes organizações internacionais foi fundamental para a expansão mundial e uso dos indicadores.
Um grande avanço foi dado na construção de indicadores econômicos. No Brasil, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), a Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) começaram a produzir indicadores econômicos, sendo o custo de vida, levantado na cidade de São Paulo em 1939, um dos primeiros indicadores econômicos levantados no país. Em 1945 surgem estatísticas de preços e uma contabilidade nacional, mas é somente em 1979 que foram criados dois Indicadores pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oficialmente reconhecidos pela contabilidade econômica nacional: o ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) e o ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC).
Um dos indicadores mais discutidos, o PIB, foi desenvolvido pelo russo Simon Kuznets na década de 1930, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Economia em 1971.
Indicadores econômicos, tais como o PIB, são inteiramente monetaristas e contabilizam os custos sociais e ambientais como externalidades, o que leva a enormes distorções quando se tenta usar o PIB como medida para o desenvolvimento social de uma economia nacional.

Na década de 1960 surge o termo indicador social quando o governo dos Estados Unidos produziu relatórios tais como Towards a social report e Social indicators. Estas pesquisas influenciaram o Brasil no começo dos anos 1970 com as chamadas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD) que eram basicamente pesquisas sobre a situação do trabalho no país.
Mas foi na década de1980, que de fato nasceram os indicadores sociais no Brasil. Desde então, com o surgimento da informática que permite o processamento de enormes quantidades de dados e informações, os indicadores econômicos e sociais estão cada dia mais sofisticados e precisos.
Após a ECO-92, do Rio de Janeiro, surgiram pressões da sociedade civil para a criação de indicadores que sejam capazes de medir também o progresso e a qualidade de vida. A conferência HYPERLINK "http://www.beyond-gdp.eu/"Beyond PIB, promovida pelo parlamento europeu poucos anos depois da ECO-92, afirma que “não são necessárias alternativas ao PIB, e sim indicadores adicionais que o complementem”. Parece que a União Européia esteja apoiando crescentemente suas decisões econômicas em algum modelo que incorpore todas as estatísticas disponíveis sobre saúde, educação, desigualdade e direitos humanos, que não fazem parte do PIB..

Na década de 1960 surge o termo indicador social quando o governo dos Estados Unidos produziu relatórios tais como Towards a social report e Social indicators. Estas pesquisas influenciaram o Brasil no começo dos anos 1970 com as chamadas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD) que eram basicamente pesquisas sobre a situação do trabalho no país.
Mas foi na década de1980, que de fato nasceram os indicadores sociais no Brasil. Desde então, com o surgimento da informática que permite o processamento de enormes quantidades de dados e informações, os indicadores econômicos e sociais estão cada dia mais sofisticados e precisos.

Finalmente, hoje a nova tendência é a construção de clusters de indicadores, complexas associações de indicadores ambientais, sociais, econômicos e outros para compor os Índices. Por mais que a construção e o uso deste tipo de clusters de indicadores estão crescendo rapidamente, certamente ainda vai levar alguns anos para que haja uma normalização internacional e uma aplicação institucionalizada dos indicadores para a formulação das políticas publicas. á nível nacional que efetivamente sejam orientadas por este tipo de indicadores complexos.
O que é um indicador?

Vivemos num mundo cercado por indicadores. Por exemplo, um céu cinzento indica a possibilidade de chuva, a luz vermelha em um semáforo indica perigo, febre indica a reação do corpo à doença, o aumento no índice de desemprego indica problemas econômicos e sociais.
Os geólogos usam indicadores para determinar o lugar certo de uma perfuração de petróleo ou de águas subterrâneas. Os médicos têm um vasto conjunto de indicadores para determinar a saúde do paciente: temperatura do corpo, exame da língua, pulso, pressão sangüínea, testes de urina, ver onde dói, teste de reflexos. Os agentes florestais têm uma lista completamente diferentede indicadores para julgar a saúde da floresta. Os pilotos percorrem uma longa lista de indicadores no painel antes de decolar. Os economistas discutem a “saúde” da economia examinando as taxas de inflação, de desemprego, balança comercial, taxas de câmbio e outros indicadores.


Os indicadores são nossa ligação com o mundo que nos rodeia. Quanto mais complexo este mundo, maior o número de indicadores que precisamos para nossa orientação. Assim, os indicadores têm a função de traduzir processos muito complexos em informações mais simples, significativas e representativas que possam fundamentar as nossas decisões e ações. No caso do nosso ambiente a importância de aprendermos a observar os indicadores certos se torna cada vez mais óbvia, para poder entender e lidar com o grau de complexidade dos problemas decorrentes da interação entre a sociedade global e o planeta Terra. Se seguirmos os sinais errados, ficaremos confusos ou desorientados, dando respostas inadequadas contrarias a nossos próprios interesses e intenções.
No decorrer da vida aprendemos o sentido e significado dos indicadores que utilizamos diariamente e aprendemos a separar e selecionar aqueles que têm um significado para nós. Assim aprendemos na prática cotidiana a tomar decisões inteligentes e proteger e promover aquilo que é importante para nós. Os indicadores são, portanto, uma expressão de valores sobre tudo aquilo que nossa consciência é capaz de captar do nosso entorno, e do nosso corpo e nossa mente.
Aprendemos então a lidar com sistemas complexos e a reconhecer um conjunto específico de indicadores e avaliar aquilo que aponta para a viabilidade do sistema. Freqüentemente, o aprendizado desses indicadores é intuitivo, informal e subconsciente. O instinto materno, por exemplo, permite para a fêmea de reconhecer e responder aos sinais de seu filho recém-nascido. Da mesma forma os antigos agricultores aprenderam a reconhecer sinais importantes relacionados com sua sobrevivência a partir do comportamento dos animais, do clima, das plantas ou do solo aos seus cuidados.
Entretanto, na sociedade moderna a intuição é insuficiente para lidar com a complexidade dos sistemas que nos rodeiam e da complexidade da nossa própria sociedade. Sistemas de transporte, de produção, um sistema hospitalar ou a própria economia como um todo, não podem ser gerenciados por intuição. A intervenção e o gerenciamento de tais sistemas requerem instrumentos específicos, que fornecem os indicadores informativos necessários, tais como velocidades, escalas de pressão e temperatura, indicadores de custo de vida e de emprego, índices de inflação, de Dow-Jones, e muitos outros.
Assim, podemos resumir que os indicadores sobre um determinado sistema devem atender três requisitos básicos:
Eles devem fornecer informações vitais, sobre o estado atual (saúde, viabilidade) do sistema;
Eles devem fornecer informações suficientes para possibilitar uma intervenção e corrigir com sucesso a evolução do sistema, de acordo com os objetivos estabelecidos;
Eles devem permitir a avaliação do grau de sucesso da intervenção.

Em outras palavras, os indicadores são determinados tanto pelo próprio sistema, como pelos interesses, necessidades ou objetivos do gerente ou operador do sistema.
Um sistema de transporte coletivo moderno de uma grande cidade é um bom exemplo deste múltiplo papel dos indicadores. Há informações vitais e regras específicas para a gerência do sistema como um todo, por exemplo, àquelas que informam sobre a coerência do fluxo do conjunto dos veículos. Há informações vitais específicas para os motoristas de cada veículo e finalmente aquelas que interessam basicamente aos passageiros.

A sociedade humana com seus subsistemas e os recursos ambientais dos quais eles dependem, é um sistema altamente complexo e dinâmico. Os indivíduos e organizações humanas que fazem parte ou dirigem os diversos subsistemas necessitam de indicadores detalhados, que forneçam informações essenciais sobre o estado e viabilidade dos próprios sistemas e sobre sua compatibilidade com os objetivos gerais da sociedade. Este segundo ponto é de fundamental importância, porque significa que os objetivos e valores humanos são proeminentes na definição de conjuntos de indicadores do desenvolvimento de uma sociedade.

Na realidade, há uma escolha ética refletida na seleção dos indicadores (KREBS & BOSSEL, 1996).
A teoria dos sistemas complexos nos diz que os indicadores podem ser classificados em aqueles que informam sobre o estado atual do sistema, os indicadores estáticos, e aqueles que informam sobre a velocidade com que esses estados se modificam, ou seja, sobre o processo de evolução do mesmo. Estes últimos são chamados de indicadores dinâmicos. Como analogia, podemos dar o exemplo de uma série de fotos das cenas de um filme (indicadores estáticos) e cenas inteiras do filme (indicadores dinâmicos) que mostram a evolução toda da história. Normalmente, os indicadores dinâmicos são os mais importantes porque eles informam sobre possíveis mudanças de rumo dos sistemas, antes que estes ocorrem de fato. Por exemplo, a taxa de colesterol no sangue indica a possibilidade de um infarto, mais não significa que a pessoa esteja doente.
A teoria nos diz também outra coisa importante: não todas as variáveis de um sistema são indicadores. Somente as variáveis que fornecem informações essenciais, que não podem ser obtidas através da otimização de outras variáveis. Por exemplo, podemos calcular o consumo médio diário de energia por indivíduo através do número da população e do consumo nacional anual, sem precisar contar o consumo de energia em cada residência.

Os indicadores podem ser quantitativos (p.ex. número de habitantes de uma cidade) ou qualitativos (p. ex. o nível de vida). De qualquer maneira, em ultima instância, todos os indicadores quantitativos devem ser traduzidos em indicadores qualitativos, ou seja, em julgamentos de valor.

Resumindo: indicadores são variáveis que nos forneçam todas as informações vitais sobre a sustentabilidade (viabilidade) e a taxa de transformação de um sistema complexo, que são fundamentais para verificar até que ponto a evolução do sistema corresponde às necessidades materiais e valores éticos e morais da sociedade e quais são as opções de intervenção para modificar ou corrigir os rumos do desenvolvimento do sistema.

A tarefa mais difícil, entretanto, é definir um sistema de indicadores adequados que possa engendrar transformações políticas, econômicas e sociais concretas (PRINTER; HARDI, 1995).
Critérios Gerais para a construção de Indicadores

Normalmente, não é a falta de medições que impede a avaliação do desempenho de um processo, indivíduo ou uma instituição, mas é a grande quantidade de indicadores potencialmente úteis que muitas vezes torna as escolhas difíceis. A qualidade da medição tende a variar com a nossa visão de mundo, incluindo fatores como nível de educação, base cultural, situação econômica, afiliação política, sexo e assim por diante.
Os critérios de para a seleção de um determinado sistema de indicadores são , os princípios orientadores, que são aplicados criativamente para atender as necessidades e circunstâncias de uma região ou instituição específica. Em uma época de crescente globalização, os indicadores devem criar um nível mínimo de comparabilidade, coerência e consistência entre as medições e talvez – e isto é o mais importante – entre oa maneira modo pelo qualcomo essas medições são aplicadas nas situações da vida real.
A literatura menciona geralmente oito critérios que devem nortear orientar a construção de indicadores que foram selecionados com base nas experiências práticas com o desempenho e a eficiência das medições realizadas nas últimas décadas em vários países membros da ONU.
Relevância política O indicador deve ser associado com um ou vários assuntos relevantes para a formulação das políticas. Indicadores de sustentabilidade são destinados a melhorar o resultado das decisões em níveis que vão desde a esfera individual, social, até a biosfera. O indicador deve ser capaz de motivar decisões políticas que possam levar á ações concretas de implementação de processos sustentáveis;
Simplicidade As informações devem ser apresentadas de forma a ser facilmente entendidas e interessantes para o público ao qual se destinam. Assuntos e cálculos complexos devem ser apresentados como informações claras, a fim de que o público possa entendê-las;
Validade O indicador deve refletir os fielmente os fatos fielmente e, os dados devem ser coletados mediante técnicas de mensuração cientificamente comprovados. É necessário um rigor metodológico a fim de que os dados sejam aceitos tanto pelos profissionais da área quanto pelas pessoas leigas. O indicador deve ser verificável e reproduzível;
Dados em séries temporais Indicadores precisam ser baseados em dados levantados periodicamente para poder construir séries temporais que reflitam a tendência do indicador ao longo do tempo.
Dados disponíveis e acessíveis Os dados para a construção de um indicador devem ser de boa qualidade podendo ser encontrados a um custo compatível com os objetivos. Desde o inicio da construção de um sistema de indicadores, a possibilidade de monitoramento continuo no futuro deve ser considerado e incluído nos custos do projeto;
Capacidade de agregar informações A lista de indicadores potenciais de sustentabilidade é praticamente infinita. Por esta razão se sugere que se de preferência a indicadores que tenham a capacidade de agregar informações e ampliar a cobertura de assuntos que eles estão cobrindo, caso isto se torne necessário no futuro. Este problema pode ser resolvido na medida em que se adaptam unidades e métodos de levantamento que sejam suficientemente simples e fáceis de ser usados para medir outros parâmetros no futuro. Por exemplo, um peso (kg, t etc.) per capita ou per unidade de superfície (m2 ou km2 etc.) são unidades relativamente fáceis der ser usadas para os mais diversos parâmetros que se queira medir;
Sensibilidade Um indicador é tanto mais sensível quanto maior sua capacidade de medir pequenas modificações do processo para qual ele foi desenhado. Assim, é importante de definir com precisão a sensibilidade adequada que se requer do indicador. Por exemplo, Indicadores com grande sensibilidade no nível microscópico podem ser inúteis quando se quer medir somente macro-modificações e vice versa;
Confiabilidade Indicadores são considerados confiáveis quando medições independentes e repetidas chegam aos mesmos resultados.

Estas orientações genéricas são úteis, mas é necessário que cada sistema de indicadores seja construído de acordo com as necessidades específicas do processo que se pretende medir e do tipo de intervenção que se pretende realizar para modificar os rumos do processo.
Em seguida apresentamos uma série de Indicadores e Índices desenvolvidos em diferentes partes do mundo.

Resumo dos Indicadores mais usados
Os Indicadores dos Objetivos do Milênio (IODM)
A Declaração do Milênio foi aprovada pelas Nações Unidas em 2000 e os 191 países-membros da ONU, incluindo o Brasil, assumiram um compromisso universal com a erradicação da pobreza e com a sustentabilidade do Planeta. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são um conjunto de oito macro-objetivos, com metas e indicadores precisos, a serem atingidos pelos países até 2015, por meio de ações concretas dos governos e da sociedade na busca pela solução de alguns graves problemas da humanidade.
Erradicar a extrema pobreza e a fome;
Atingir o ensino básico universal;
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
Reduzir a mortalidade infantil;
Melhorar a saúde materna;
Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
Garantir a sustentabilidade ambiental;
Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.

Esses objetivos deverão ser aferidos por cerca de 50 indicadores que serão desagregados por sexo e áreas (urbanas e agrícolas). A ONU publicou uma lista completa de indicadores que são adaptados a realidade de cada país ou região.
No caso da Amazônia o IMAZON desenvolveu uma lista especifica para a avaliação dos Objetivos do Milênio na Amazônia.

Os Indicadores dos Indicadores dos Objetivos do Milênio na Amazônia

No caso da Amazônia, o IMAZON desenvolveu uma lista especifica de indicadores para medir cada um dos Objetivos do Milênio na região.

Objetivo 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome
1. Pobreza extrema. População com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 37,75 (25% do salário mínimo no ano 2000), ou US$ 0,69/dia. Fonte: Ipea;
2. Pobreza. População com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 75,50 (50% do salário mínimo no ano 2000), ou US$ 1,38/dia. O conjunto de pobreza extrema está contido no conjunto da pobreza Fonte: Ipea;
Objetivo 2: Atingir o ensino básico universal
3. Analfabetismo. Porcentagem da população com idade igual ou superior a 15 anos incapaz de ler ou escrever um bilhete simples Fonte: Ipea;
4. Número médio de anos de estudo para população com idade igual ou superior a 25 anos. Fonte: Ipea;
5. Freqüência escolar. Proporção de crianças (7 – 14 anos) e jovens (15 – 17 anos) que freqüentam o ensino fundamental e médio. Fonte: Ipea;
Objetivo 3:Promover a igualdade entre os gêneros e a autonomia das mulheres
6. Educação feminina. Freqüência escolar (%) e proporção analfabeta da população feminina (e" 15 anos) analfabeta Fonte: Ipea;
7. Mulheres na política. Proporção de mulheres exercendo cargos de representação política no executivo e legislativo. Fonte: TSE;
8. População economicamente ativa. Proporção da população (masculina e feminina) com idade de trabalhar que está economicamente ativa. Fonte: IBGE.
Objetivo 4: Reduzir a mortalidade infantil
9. Mortalidade até 1 ano de idade por mil crianças nascidas vivas. Fonte: Pnud.
10. Mortalidade até 5 anos de idade por mil crianças nascidas vivas. Fonte: Pnud.
Objetivo 5: Melhorar a saúde materna
11. Óbito materno durante a gestação (independente da sua duração) ou até 42 dias após seu término, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela (OMS 1997). Fonte: MS.
Objetivo 6: Combater doenças como Aids, malária e tuberculose
12 HIV/Aids. Taxa de incidência de Aids para cada 100 mil habitantes. Fonte: MS.
13 Malária. Taxa de incidência de malária para cada 100 mil habitantes. Fonte: MS.
14 Tuberculose. Taxa de incidência de tuberculose para cada 100 mil habitantes. Fonte: MS.
Objetivo 7: Garantir a sustentabilidade ambiental
15 Desmatamento. Área de desflorestamento anual. Fonte: Inpe.
16 Áreas Protegidas. Porcentagem de Áreas Protegidas por Terras indígenas e Unidades de Conservação. Fonte: ISA (atualizado por Imazon, Ibama e Oemas).
17 Água e Esgoto. População (%) com abastecimento adequado de água (rede geral com canalização interna ou por meio de poço ou nascente com canalização interna) e com instalações adequadas de esgoto (banheiro de uso exclusivo e com escoadouro conectado à rede coletora de esgoto ou pluvial ou a uma fossa séptica ligada ou não a uma rede coletora). Fonte: Ipea.

A lista completa dos indicadores do ODM da ONU se encontra na página: HYPERLINK "http://mdgs.un.org/unsd/mdg/Host.aspx?Content=Indicators/OfficialList.htm"http://mdgs.un.org/unsd/mdg/Host.aspx?Content=Indicators/OfficialList.htm
Os Indicadores propostos pelo IMAZON:
HYPERLINK "http://www.imazon.org.br/publicacoes/publicacao.asp?id=503"http://www.imazon.org.br/publicacoes/publicacao.asp?id=503
Outros links relacionados:
HYPERLINK "http://www.un.org/Docs/journal/asp/ws.asp?m=A/RES/60/1"http://www.un.org/Docs/journal/asp/ws.asp?m=A/RES/60/1
HYPERLINK "http://mdgs.un.org/unsd/mdg/Default.aspx"http://mdgs.un.org/unsd/mdg/Default.aspx
Sistema Integrado de Contabilidade Ambiental e Econômica (SCAE)
O Sistema Integrado de Contabilidade Ambiental e Econômica é um sistema de indicadores desenvolvido pela ONU, baseado em dados provenientes de satélite, o chamado sistema SNA (System of National Accounts) que contem 4 tipos de contabilidade. 1. Dados puramente físicos (fluxos de energia e material), emissões etc.; 2. Dados relativos à administração e gestão ambiental exemplar de empresas e governos;
3. Ativos ambientais contabilizados em termos físicos e monetárias; 4. Impactos da economia sobre o meio ambiente. Link relacionado:
HYPERLINK "http://www.unb.br/face/eco/cpe/TD/233August2002CMueller.pdf"http://www.unb.br/face/eco/cpe/TD/233August2002CMueller.pdf
O Índex de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD
Trata-se de um Indicador bastante conhecido e utilizado, que junta dados sobre riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores que contribuem para o desenvolvimento humano. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.
Link relacionado: HYPERLINK "http://www.pnud.org.br/idh/"www.pnud.org.br/idh/
O Índex de Sustentabilidade Ambiental (ISA)
O Índex foi apresentado pela primeira vez em 2002 no Fórum Econômico Mundial por pesquisadores das universidades de Yale e Columbia. A primeira versão continha 68 variáveis referentes a 20 indicadores, resultando num valor agregado. O ISA, inicialmente calculado para 142 países, foi calculado para 146 países na versão de 2005, com o acréscimo de mais um indicador, totalizando 21.
O Índex tem como objetivo comparar a habilidade de países na proteção do seu meio ambiente não apenas no presente, mas também com as ações necessárias para uma melhoria futura. O ISA é adaptado a cada ano á dinâmica das mudanças que ocorrem em cada país e globalmente. A escala do Índex varia de 0 á 100, sendo zero o pior e cem o melhor desempenho.
Links relacionados:
HYPERLINK "http://www.yale.edu/esi/"http://www.yale.edu/esi/
HYPERLINK "http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev2607.pdf"http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev2607.pdf
O Painel de Controle de Sustentabilidade (PCS) e Índice de Desempenho Político (IDP)
Seguindo as orientações da Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, o Painel de Controle de Sustentabilidade - Dashboard of Sustainability - utiliza quatro dimensões: ecológica, econômica, social e institucional.
O painel, uma analogia a um painel de piloto de uma carro ou de um avião, é baseado num software que utiliza o um sistema de pontpontuaçãoos de 1 (pior caso) até 1.000 (melhor caso) e disponibiliza informações para aproximadamente duzentos países.
Vinculado ao PCS foi desenvolvido o Índice de Desempenho Político (IDP, também chamado IPP – Índice de Performance Política), com o objetivo de criar uma ferramenta de avaliação do desempenho das políticas públicas relacionando os índices sociais, econômicos e ambientais em um índice de desempenho político.
O IDP é composto de em quatro subÍndices:
Índice Econômico: Divida Externa; Lixo Municipal; Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA); Lixo Tóxico; Lixo Nuclear; Reciclagem; Uso da Energia; Produto Nacional Bruto, Energia Renovável; Uso de Veículos; Eficiência Energética; Produto Interno Bruto (PIB/GDP); Crescimento; Inflação; Distribuição (Coeficiente de GINI); Investimento Fixo Interno Bruto (GDFI);
Índice Social: Expectativa de Vida; Linha da Pobreza; Escolas Primárias; Escolas Secundárias; Urbanização; Saneamento Básico; Equidade (Igualdade e Inclusão); Água Potável; Analfabetismo; Saúde; Condições de Vida; Diferença de Renda entre Homens e Mulheres; Desnutrição Infantil; Mortalidade Infantil; Imunização Infantil; Criminalidade; Crescimento Populacional; Controle de Natalidade; Desemprego;
Índice Ambiental: Densidade Populacional; Consumo de Fertilizantes; Concentração Urbana de Fósforo na água; Preservação do Ecossistema; Uso de Pesticidas; População Costeira; Área de Proteção Ambiental; Área Florestal; Espécies de Mamíferos e Aves; Piscicultura; Emissão de CO2; Emissão de outros gases do Efeito Estufa; Consumo de Cloro-Flúor-Carbono; Desmatamento Florestal; Poluição do Ar; Terras Desérticas e Áridas; Emissão de Poluentes Orgânicos; Área Agricultável; Número de Favelas (Assentamentos Urbanos Informais); Uso da Água; Uso de Recursos; Pegada Ecológica.
Índice Institucional: Infraestrutura de comunicação (telefone, Internet); Gasto com Pesquisa e Desenvolvimento; Custo humano em desastres Ambientais; Custo Econômico em desastres Ambientais; Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável.
Links relacionados: HYPERLINK "http://www.iisd.org/cgsdi/dashboard.asp"http://www.iisd.org/cgsdi/dashboard.asp e HYPERLINK "http://esl.jrc.it/dc/csdriojo"http://esl.jrc.it/dc/csdriojo
O método da Pegada Ecológica
A pegada ecológica (Ecological Footprint) foi criada com base no livro Our ecological footprint (WACKERNAGEL; REES, 1996). Esse método procura calcular a carga ecológica necessária para sustentar um determinado sistema econômico, contabilizando o fluxo de matéria e energia consumida pelo sistema. Esse fluxo é convertido em área de terra ou quantidade de água necessária para suportar tal fluxo energético-material (CHAZAN; GAUDET; VENETOULIS, 2004).
A unidade utilizada é a área (em ha) de ecossistema (p.ex. floresta) utilizado para compensar determinados impactos produzidos pelas atividades econômicas. Por exemplo, se uma tonelada do gás carbônico (CO2) necessita de 1 ha de floresta nativa para absorvê-lo, quando uma economia gera uma tonelada de CO2, sua pegada ecológica seria equivalente á 1 ha de floresta. As aproximações são todas baseadas nas emissões de gás carbônico, facilitando a estimativa de área equivalente de floresta a ser utilizada para compensar a emissão (BELLEN, 2005).
Nos últimos anos uma rede mundial de instituições foi constituída criando um site especifico que fornece interessantes dados e informações sobre as pegadas ecológicas de todos os países do mundo.
Link relacionado:
HYPERLINK "http://www.footprintnetwork.org/"http://www.footprintnetwork.org/
O Indicador do Produto Interno Bruto (PIB) – Problemas e Alternativas
Os economistas parecem fascinados pelo famoso PIB, indicador do Produto Interno Bruto, que representa o valor total em dinheiro do fluxo anual de bens e serviços produzidos em uma dada economia. Isto inclui todos os bens e serviços, independentemente de sua contribuição ao desenvolvimento nacional: os bens sociais (como educação, saúde, alimentação, moradia), bem como as mazelas sociais (custo de guerras, da criminalidade, poluição, deficiência, má saúde). Uma vez que, com a atual tecnologia, cada um desses bens e serviços está associado ao consumo de recursos não renováveis e geração de poluição ambiental, o PIB é uma medida da rapidez em que os recursos são utilizados e convertidos em fluxos monetários, independentemente de seu reflexo na sociedade. Assim, é obvio que o PIB dificilmente poderia ser um indicador confiável de riqueza nacional e muito menos do bem-estar da população (PRINTER; HARDI, 1995).
Os proprios autores (John Maynard Keynes e Simon Küznets) já perceberam a debilidade do PIB quando se trata de definer o bem estar social de uma nação. Em 1962 Küznets lamentava que o bem estar social dificilmente pode ser deduzida de um PIB, porque a meta de um crescimento do PIB não especifica claramente “qual crescimento para que e para quem”.

Vários grupos têm se dedicado a procurar superar estas deficiências do PIB com a construção de indicadores agregados que apresentem um quadro mais acurado de bem-estar material. Em 1994, como resposta á estas limitações do PIB, Clifford Cobb, Ted Halstead e Jonathan Rowe criaram o Índice do Progresso Genuíno (Genuine Progress Indicator – GPI) - e causaram certo impacto nos economistas norte-americanos, porque demonstraram que a corrida cega para um crescimento econômico baseado no PIB, pode aprofundar a injustiça social e a insustentabilidade dos processos econômicos em curso.
O GPI corrige o PIB pela subtração de mazelas sociais (como acidentes de carro ou custos de limpeza de poluição, etc.) e pela adição (ao invés de ignorar) do valor de serviços não pagos (por exemplo, serviços domésticos e comunitários etc.) (HUETING; BOSH; DE BOER, 1992; HUETING; BOSH, 1990; BARANZINI; O’CONNOR, 1996; FAUCHEUX; O’CONNOR, 1998; BROUWER; O’CONNOR; RADERMACHER, 1996; RADERMACHER, 1994).
O GPI, calculado para economias nacionais ou para regiões, é uma tentativa de verificar até que ponto o crescimento da produção de bens e a expansão dos serviços efetivamente resultam em bem estar social da população. Desta maneira o GPI distingue entre crescimento desejável e crescimento indesejável. A diferença entre PIB e GPI é semelhante á diferença entre o lucro bruto e o lucro líquido de uma empresa. Assim, por exemplo, o GPI de uma economia poderia até ser nulo se os custos dos impactos ambientais e a degradação social (criminalidade, tráfico de drogas etc.) equivalem ao crescimento do PIB.
Link relacionado:
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O Índex de Desenvolvimento Sustentável da União Européia (IDS)
O IDS, desenvolvido na União Européia (através do Instituto Europeu de Estatísticas EUROSTAT) é um instrumento para a formulação de políticas publicas através de uma descrição compreensível e sistemática das atividades humanas que afetam o ambiente (JESINGHAUS, 1994, 1995). O índex foi desenvolvido baseado no princípio de Pressão Estado Resposta (PER), uma metodologia bastante usada na construção de um IDS. Por exemplo: as atividades humanas exercem uma Pressão sobre o ambiente (poluição do ar, emissão de CO2 etc.). A conseqüência da pressão é um determinado Estado do ambiente e a sociedade Responde através de certas medidas.
O processo de aquisição dos dados segue as seguintes etapas:
Levantamento dos dados brutos ’! processamento dos dados brutos ’! inclusão de estatísticas ambientais regionais ’! inclusão de estatísticas ambientais nacionais ’! desenvolvimento de 60 a 80 Indicadores ambientais de pressão ’! desenvolvimento de 10 Índices ambientais de pressão ’! desenvolvimento de 3 Índices de bem estar econômico ambiental e social ’! 1 Índex geral de bem estar.
Os dados levantados para construir os indicadores e o índex, correspondem a chamados campos de ação política, onde se desenvolvem os debates entre os diversos atores que atuam na área ambiental, tais como ONGs, indústria, associações de fazendeiros, ministérios de energia, agricultura, transporte e turismo. Destes campos emergem as políticas publicas em relação à: Perdas da biodiversidade, Desaparecimento da camada de ozônio, câmbios climáticos, poluição e perda dos recursos hídricos, problemas ambientais urbanos, ambientes marinos e zonas costeiros, dispersão de substancias tóxica e lixo.
Há consideráveis superposições, porque os indicadores de pressão podem aparecer em vários campos de ação política (Quadro 5).

Poluição do arEmissões de
NOxEmissões de NMVOC (2)Emissões de SO2Emissões de partículasConsumo de gasolina e diesel por veículosConsumo de energia primariaCâmbios climáticosEmissões de CO2Emissões de CH4Emissões de N2OEmissões de CFCEmissão de NOxEmissão de SOxPerda da biodiversidadePerda e fragmentação de ecossistemasPerdas de ecossistemas aquáticosÁreas usadas para agricultura intensivaFragmentação de florestas e paisagensDesmatamento de florestas naturais e semi-naturaisMudanças no uso tradicional da terraAmbientes marinos e costeiros EutrofizaçãoSobre-pescaOcupação de áreas costeirasDescargas de metais pesadosPoluição de óleos no mar e costasDescarga de compostos orgânicos halogenadosDegradação da camada de ozônioEmissão de gases de CFC (1)Emissões de BFC (3)Emissões de HCFC (4)Emissões de NOxEmissão de carbono cloretadoEmissão de CH3BrDegradação dos recursos naturaisConsumo de água per capitaConsumo de energia per capitaTaxa de ocupação territorial permanente Balaço de nutrientes em solosProdução de eletricidade com combustíveis fósseisBalanço reflorestamento-desmatamentoDispersão de substancias tóxicasConsumo de pesticidasEmissão de poluentes orgânicos persistentesConsumo de produtos químicos tóxicosEmissão de metais pesados para corpos hídricosTaxa de metais pesados no arEmissão de materiais radioativosAmbientes urbanosConsumo de energiaResíduos municipais não recicladosÁguas residuais não tratadasTaxa de transporte individualPessoas molestas por barulhoUso do território para construção civilResíduosDepósitos de resíduosResíduos incineradosResíduos perigososResíduos MunicipaisResíduo por produto.Resíduo reciclado recuperadoPoluição e perda dos recursos hídricosUso de nutrientes (N& P)Taxa de uso de águas subterrâneasPesticidas usadas por ha de terra agrícolaUso de Nitrogênio por ha de área agrícolaÁguas tratadasEmissão de matéria orgânica (BOD)Quadro 5 - O sistema de indicadores – IDS - da UE (EUROSTAT)
(1) CFC: cloro-fluor-carbono
(2) NMVOC: Non-Methane Volatile Organic Compounds
(3) BFC: bromo-fluor-carbono
(4) HCFC: hidro-cloro-fluor-carbono
O Índice de Progresso Sustentável (Sustainable Progress Index, SPI)
Este indicador informa sobre a área total de terra que é necessária para garantir a comida, a água, a energia e a absorção dos dejetos por pessoa, por produto ou por cidade (KROTSCHECK; NARODOSLAWSKY, 1996; WACKERNAGEL; REES, 1996). Mesmo, assim, apesar de ser um excelente indicador agregado do impacto ambiental, ele não captura, e nem foi designado para tal, as dimensões sociais do desenvolvimento sustentável.

Links relacionados:
 HYPERLINK "http://library.witpress.com/pages/PaperInfo.asp?PaperID=17271" http://library.witpress.com/pages/PaperInfo.asp?PaperID=17271
 HYPERLINK "http://www.spionexcel.tugraz.at/index.php?option=com_content&task=view&id=14&Itemid=28" http://www.spionexcel.tugraz.at/index.php?option=com_content&task=view&id=14&Itemid=28

O Índice de Desenvolvimento Humano Amazônico (IDHAM)
Em 2002, no âmbito do programa de doutorado do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA) foi desenvolvido um Índice agregado que seja capaz de refletir a opinião da população do Estado do Pará sobre vários temas ligados à concepção de qualidade de vida. Baseado em parte nos indicadores do IDH das Nações Unidas, foi realizada uma ampla pesquisa de opinião em todos os municípios do Estado do Pará, dando coeficientes diferentes aos indicadores de base que foram utilizados para a construção do IDHAM (RIBEIRO; FENZL; CANTO, 2002, 2007).
Os resultados mostraram que a população do Estado do Pará associou de uma maneira geral a qualidade de vida ao atendimento de suas necessidades básicas e apontou saúde e trabalho como essenciais.
Quando se perguntou o que era preciso para que uma pessoa tivesse qualidade de vida, a grande maioria dos entrevistados respondeu “ter boa qualificação profissional”, o que mostra uma diferença com o IDH levantado em sociedades industriais onde uma boa qualificação profissional é obtida amplamente através do ensino publico e não figura como elemento essencial para a qualidade de vida.
A pesquisa também revelou que cerca de 60% da população afirmou conhecer um computador e a Internet, mas declarou nunca ter usado.
O IDHAM foi calculado com uma unidade variando entre 0.000 (pior qualidade de vida) e 1.000 (melhor qualidade de vida), FIGURA 4.
A pesquisa completa pode ser encontrada no site:
HYPERLINK "http://www.gpa21.org/br/publicacoes.php?CodAreaTematica=1"http://www.gpa21.org/br/publicacoes.php?CodAreaTematica=1

Fig. 4 A distribuição geográfica do IDHAM para o Estado do Pará.

O Barômetro de Sustentabilidade (The Barometer of Sustainability)
O Barômetro é um Índice mensura a sustentabilidade nos níveis local, regional e nacional por meio de uma escala de desempenho de duas dimensões: bem estar humano e o bem estar ambiental (ou do ecossistema). Semelhante ao Painel de Controle de Sustentabilidade - (Dashboard of Sustainability) ele considera que o equilíbrio entre ambas as dimensões é fundamental para poder definir um sistema ou um processo como sustentável. Uma importante pesquisa da OECD, The Well Being of Nations foi desenvolvida em bases do Barômetro de Sustentabilidade. Este trabalho pode ser encontrado nos sites:
 HYPERLINK "http://www.oecd.org/dataoecd/36/40/33703702.pdf" http://www.oecd.org/dataoecd/36/40/33703702.pdf e
HYPERLINK "http://www.idrc.ca/en/ev-5474-201-1-DO_TOPIC.html"http://www.idrc.ca/en/ev-5474-201-1-DO_TOPIC.html
A Bussola de Sustentabilidade - The Compass of Sustainability (Atkisson 2005);
Outro método, semelhante ao dashboard, é a chamada bussola de sustentabilidade que utiliza quatro parâmetros básicos: N (natureza), E (economia), S (sociedade) e B (bem estar). O completo guia para a construção de este Índice se encontra no site:
HYPERLINK "http://www.sustainability.com/compass/"http://www.sustainability.com/compass/
O Índice de poupança genuína (Genuine Savings Indicator)
O Índice de poupança genuína (ou taxa de poupança liquida) de uma economia nacional se baseia na medição de parâmetros tais como: exaustão de recursos, degradação ambiental, câmbios tecnológicos, recursos humanos, exportação de recursos não renováveis, descobertas de recursos naturais, e capital natural (PEARCE; HAMILTON; ATKINSON, 1996). Cada parâmetro possui um valor padrão ótimo e os valores abaixo do padrão (negativos) são contabilizados como contribuição à insustentabilidade.
Detalhes sobre este Índice podem ser encontrados no site:
HYPERLINK "http://www.uea.ac.uk/env/cserge/pub/wp/gec/gec_1997_03.pdf"http://www.uea.ac.uk/env/cserge/pub/wp/gec/gec_1997_03.pdf
A Demanda Material total de uma economia
A contabilidade das demandas materiais de uma economia, ou Material Flow Account (MFA) é uma metodologia utilizada principalmente para fazer balanços macroeconômicos dos fluxos de energia e matéria-prima através da economia de um país. Os resultados de uma MFA permitem medir a eficiência energético-material de uma economia nacional, regional ou de processos econômicos específicos. Devido a isto, este método de analisar uma economia tornou-se um instrumento importante para “medir” o grau de sustentabilidade de uma economia.
As aplicações práticas destes resultados são muito amplas e começam a assumir um papel importante nas políticas públicas, privadas e na formulação de leis ambientais em vários países da Europa.
A contabilidade de fluxos de substâncias, ou Substance Flow Analisis (SFA) é uma metodologia semelhante utilizada por vários centros de pesquisa para determinar o fluxo de substâncias tóxicas ou ambientalmente impactantes, dentro de um determinado espaço-tempo de uma realidade sócio-econômica. Na prática se utiliza o procedimento para: a) relacionar poluição com sua origem econômica; b) estudar fluxos de substâncias individuais dentro do conjunto de emissões de substâncias poluidoras; c) relacionar tendências econômicas atuais com problemas ambientais futuros; d) avaliação da efetividade de medidas políticas e legais sobre o meio ambiente etc.

Trata-se de métodos poderosos de avaliar a sustentabilidade de uma economia. Baseado na compreensão que um sistema econômico, como todo sistema complexo, requer entradas de recursos naturais, que são transformados em produtos, distribuídos, consumidos e eliminados na forma de rejeitos e lixo, a contabilidade dos fluxos materiais é capaz de comparar a voracidade do consumo de recursos naturais de uma economia com o bem estar social produzido por esta mesma economia. Quanto maior a discrepância entre consumo de recursos naturais e bem estar social, maior o grau de insustentabilidade de uma economia.
Links importantes:
 HYPERLINK "http://www.wri.org/publication/material-flow-accounts-tool-making-environmental-policy" http://www.wri.org/publication/material-flow-accounts-tool-making-environmental-policy
HYPERLINK "http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-34-00-536/EN/KS-34-00-536-EN.PDF"http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-34-00-536/EN/KS-34-00-536-EN.PDF

A Bussola de Sustentabilidade - The Compass of Sustainability (Atkisson 2005);
Outro método, semelhante ao dashboard, é a chamada bussola de sustentabilidade que utiliza quatro parâmetros básicos: N (natureza), E (economia), S (sociedade) e B (bem estar). O completo guia para a construção de este Índice se encontra no site:
HYPERLINK "http://www.sustainability.com/compass/"http://www.sustainability.com/compass/
O Problema da Agregação dos Indicadores
Após uma análise dos indicadores atualmente utilizados podemos concluir que nenhum deles é completamente satisfatório para proporcionar todas as informações realmente necessárias sobre a sustentabilidade de um sistema complexo e suas dinâmicas de transformação.
Por esta razão, os diversos Índices ainda são em parte insuficientes para atender ao objetivo principal: orientar ações políticas, sociais e econômicas concretas para uma intervenção efetiva em processos atualmente insustentáveis.
Além disso precisamos reconhecer que a aceitação e o uso político dos Indicadores e Índices é um fenômeno historicamente muito recente. Mesmo assim, avanços significativos já foram obtidos no desenvolvimento de sistemas de indicadores para criar formas de mensuração dos múltiplos processos que compõem o abrangente conceito de desenvolvimento sustentável.
Entretanto devemos reconhecer que apesar do grande esforço realizado, ainda estamos no início de uma grande caminhada. A situação econômica, social e ambiental que hoje estamos querendo mudar é fruto de um processo histórico que durou muitos séculos. Assim, não deve surpreender que os indicadores agregados ainda apresentem deficiências importantes e podem esconder sérias deficiências setoriais que ameaçam o sistema como um todo. Isto ocorre, sobretudo quando é necessário adicionar parâmetros que não podem ser medidos nas mesmas unidades, como é, por exemplo, o caso do IDH.

Em resposta às deficiências do indicador agregado, alguns pesquisadores preferem usar listas mais ou menos extensas de indicadores que cubram certas áreas de problemas (NAÇÕES UNIDAS, 1996; WORLD BANK, 1995).
Mesmo assim, a deficiência provavelmente mais significativa é a falta de um referencial teórico consolidado capaz de refletir a viabilidade, ou melhor, a sustentabilidade de um sistema complexo como um todo.

Uma tentativa interessante para sistematizar os indicadores, foi a introdução de um quadro de referência, chamado - Pressão, Estado, Impacto, Resposta (PEIR) - que é largamente aplicado em problemas de desenvolvimento sustentável (SWART; BAKKES, 1995; JESINGHAUS, 1995). Nesta abordagem, cadeias (isoladas) de causa e efeito são identificadas para um problema de sustentabilidade específico e os indicadores correspondentes são monitorados. Por exemplo: emissões de CO2 (pressão) ’! CO2 na atmosfera (estado) ’! elevação da temperatura global (impacto) ’! medidas para reduzir a emissão de CO2 (resposta).

Mesmo sendo uma matriz bastante útil, ainda continua sendo linear na medida em que não é capaz de retratar a natureza sistêmica (e dinâmica) dos processos que se desenvolvem na base de permanentes de feedbacks recorrentes. Ou seja, pressões e impactos múltiplos não são levados em consideração. Normalmente, as relações não-lineares entre os diversos componentes de uma cadeia sistêmica não podem ser calculados por métodos lineares. Conseqüentemente, os estados e taxas de mudança (estoques e fluxos) calculados são necessariamente em grande parte inconsistentes.
A construção de indicadores: A proposta de H. Bossel
O Método
Apresentamos aqui uma abordagem metodológica para a construção de Indicadores baseada nas publicações de H. Bossel, que utiliza a teoria de sistemas como fundamento teórico dos seus trabalhos (BOSSEL, 1977, 1987, 1994).
O Indicadores desenvolvidos por Bossel são numerosos e certamente não poderão ser aplicados em todas as regiões e casos. Entretanto a metodologia apresentada tem grande utilidade, especialmente na construção de uma matriz de sustentabilidade para a atuação política e a elaboração de políticas publicas.
Como foi demonstrado no capitulo anterior, um sistema complexo é uma unidade dialética entre o ambiente externo (relevante) e o espaço interno da organização estrutural, sendo a fronteira estrutural a interface entre estas duas dimensões de espaço - tempo. Para que um sistema complexo seja sustentável, estas duas dimensões precisam ter um grau adequado de coerência que os indicadores de cada dimensão precisam ser capazes de medir. Ou seja, os indicadores devem monitorar a capacidade do sistema de sustentar seu metabolismo energético-material sem destruir de maneira irreversível, seu próprio ambiente relevante e sem desarticular a coesão interna dos seus elementos (ou subsistemas).
Assim, um sistema complexo é sustentável, se a interação entre a organização estrutural e o ambiente relevante do sistema esteja sustentável no tempo e no espaço (FENZL; HOFKIRCHNER; STOCKINGER, 1997).
Por outro lado, a organização estrutural é constituída por setores, cujo funcionamento é vital para a manutenção da coerência estrutural e da coesão dos elementos do sistema.
Para construir os indicadores adequados capazes de medir e monitorar a sustentabilidade do sistema é necessário - como primeiro passo - definir com precisão os três componentes fundamentais do mesmo:
a) as propriedades básicas do ambiente relevante,
b) os orientadores da organização estrutural
c) as propriedades dos setores vitais da organização estrutural
Assim, cada componente do sistema será monitorado e caracterizado por indicadores específicos.
Características dos componentes do sistemaIndicadores específicosPropriedades básicas do ambiente relevanteIndicadores ambientaisOrientadores da organização estruturalIndicadores estruturaisSetores principais (vitais) da organização estruturalIndicadores setoriais
De acordo com a teoria, em última instância a sustentabilidade do sistema como um todo se resume à sustentabilidade da organização estrutural. Assim, o conjunto dos indicadores que refletem tanto as condições do ambiente relevante como as dos setores principais da organização estrutural devem ser aferidas às necessidades dos orientadores da organização estrutural.
Os passos metodológicos aqui apresentados podem ser resumidos da seguinte forma:
1. Definição das propriedades básicas do ambiente do sistema e construção de um set de indicadores ambientais correspondentes;
2. Caracterização dos orientadores da organização estrutural do sistema e as necessidades de sua satisfação, que por seu lado são medidas pelos indicadores estruturais. A definição dos orientadores decorre da definição das propriedades do ambiente. A satisfação dos orientadores é um aspecto central do método;
3. Construção dos indicadores setoriais. A organização estrutural é composta por setores principais que são vitais para a sustentabilidade do sistema como um todo. Os indicadores setoriais correspondentes medem a capacidade e contribuição de cada setor para a manutenção e sustentabilidade da organização estrutural;
4. Aferição dos indicadores numa matriz de sustentabilidade que define o grau de contribuição do conjunto de todos os indicadores para a satisfação dos orientadores estruturais.
Esta matriz pode ser comparada a um painel de controle que orienta as ações de intervenção e de controle do sistema em consideração.
Por exemplo: As propriedades básicas do ambiente de uma pessoa (família, trabalho, educação, cidade e país e cultura etc.) são monitoradas através de um conjunto de indicadores ambientais. Este ambiente também determina os orientadores que representam o conjunto da organização estrutural (o corpo física e mental) da pessoa que precisam ser satisfeitas para poder manter-se viva, prosperar, ou seja, ser sustentável enquanto individuo dentro do ambiente dado. Os indicadores estruturais fornecem as informações necessárias que precisam ser respeitadas para que os orientadores possam ser satisfeitos.
Por outro lado, a organização estrutural (física e mental) é composta de partes vitais (cérebro, coração, memória cultural, estado mental etc.) cujos funcionamentos são monitorados pelos indicadores setoriais, que precisam ser aferidas em relação á satisfação dos orientadores, formando assim um tipo de um painel de controle que guia a pessoa nas tomadas de decisões.
Propriedades básicas do ambiente
Um sistema complexo somente pode prosperar de maneira sustentável, se sua organização estrutural estiver compatível com as características do seu ambiente relevante.
Por exemplo, a composição granulométrica de um sedimento reflete as leis da dinâmica do ambiente aquático no qual o sedimento foi depositado. A vida nos oceanos reflete as condições físico-químicas do mar. O sistema jurídico de uma sociedade reflete o ambiente social no qual este foi desenvolvido. Por outro lado, da mesma maneira os organismos dos oceanos também influenciam as características específicas dos oceanos e os sistemas jurídicos influenciam a dinâmica de transformação da sociedade.
Esta interação permanente entre a organização estrutural e o ambiente relevante de um sistema é definida pelo Metabolismo Energético – Material (MEM) e determina os interesses vitais e a coerência e coesão dos elementos (subsistemas ou setores principais) do sistema todo.
Por exemplo, os interesses vitais dos indivíduos que compõem a estrutura de uma comunidade indígena são determinados pelo metabolismo que a comunidade mantém com seu ambiente relevante, no caso a floresta e o rio. Ao mesmo tempo esta comunidade configura seu ambiente de acordo com o modo de produção vigente e transforma uma parte da floresta em torna da aldeia de acordo com suas necessidades de sobrevivência.
Em última instância, trata-se da manutenção da coerência e coesão entre os elementos para garantir a sustentabilidade estrutural do sistema no contexto de um ambiente em permanente transformação.
As propriedades básicas de um ambiente podem ser resumidas da seguinte maneira:
O Estado ambiental normal indica a faixa de estabilidade do suprimento básico em energia e (ou) matéria para garantir a manutenção da coerência estrutural, ou seja, a existência do sistema;
Recursos escassos no ambiente indicam perigo e a necessidade de adaptação à escassez. Isto exige do sistema maior eficácia na utilização dos recursos ou modificação do seu metabolismo;
Irregularidade. Se o estado ambiental normal apresenta irregularidades qualitativas, o sistema precisa responder com a flexibilidade estrutural necessária para compensar os efeitos negativos das irregularidades do ambiente. Em termos sistêmicos isto significa liberdade de ação dos subsistemas ou elementos do sistema;
Variabilidade. Se o estado ambiental normal flutua de forma abrupta e caótica, o sistema precisa se proteger contra eventos extremos capazes de colocar o sistema todo em perigo. Isto significa que a estrutura seja deve ser capaz de atenuar todas as flutuações caóticas através de uma margem de segurança dos estoques energéticos e materiais;
Mudança. Se o estado ambiental normal sofre uma mudança irreversível de forma gradual ou abrupta, o sistema precisa de uma estrutura com adequada adaptabilidade á mudanças irreversíveis;
Coexistência. Para ajustar-se a presença de outros sistemas que podem ser concorrentes ou não em relação aos recursos disponíveis no ambiente, o sistema precisa de um indicador que reflete sua capacidade de coexistir com outros sistemas do ambiente relevante.
Os indicadores ambientais que decorrem destas propriedades do ambiente permitem ao sistema monitorar e medir as possibilidades da manutenção de sua coerência e coesão estrutural. Em outras palavras, os indicadores ambientais estabelecem os parâmetros externos para a existência e o desenvolvimento da organização estrutural do sistema.
Os Orientadores da organização estrutural do sistema
A organização estrutural do sistema reage às mudanças do seu ambiente relevante através da satisfação (ou não) dos chamados orientadores (BOSSEL, 1977, 1994). A partir da descrição correta destes orientadoresdas propiedades ambientais, podemos construir os indicadores orientadores estruturais que indicam até que ponto estes orientadores são (ou podem ser) satisfeitos ou não. Os seguintes orientadores precisam ser satisfeitos para garantir a sustentabilidade do sistema em longo prazo.
Existência: A satisfação deste orientador assegura a sobrevivência e subsistência básica do sistema nas condições ambientais normais;
Eficácia: A satisfação deste orientador mobiliza a energia necessária para sobreviver em condições de recursos escassos no ambiente e demonstra o grau de capacidade de exercer influência sobre o mesmo;
Liberdade de ação: A satisfação deste orientador mobiliza os esforços necessários para sobreviver à ocorrência de processos imprevisíveis e qualitativamente diferentes no seu estado ambiental normal;
Segurança: A satisfação deste orientador demonstra assegura a capacidade do sistema em proteger-se dos efeitos nocivos da variabilidade ambiental, ou seja, condições flutuantes e imprevisíveis, fora do estado ambiental normal;
Adaptabilidade: A satisfação deste Este orientador indica a necessidadeassegura a capacidade em mudar seus padrões de organização estrutural a fim de gerar respostas mais apropriadas á mudanças ambientais irreversíveis;
Coexistência: A satisfação deste orientador indica assegura a capacidade do sistema de garantir o acesso aos recursos necessários na presença de outros sistemas (ou atores) concorrentes em seu ambiente;
de modificar seu comportamento para criar sinergias ou (se for o caso) criar as condições de defender o acesso aos recursos necessários, de outros sistemas (ou atores) concorrentes em seu ambiente.
Necessidades psicológicas: para seres sensíveis (humanos ou animais), a satisfação deste orientador atende necessidades psicológicas, tais como evitar sofrimentos físicos ou emocionais.
A capacidade de satisfazer os orientadores depende fundamentalmente da flexibilidade estrutural do sistema. Um sistema equipado para melhor assegurar a satisfação geral dos orientadores, estará mais apto para sobrevivência e sustentabilidade em longo prazo.
Portanto, a quantificação do grau de da satisfação de um orientador proporciona uma medida para a adequação do sistema em diferentes ambientes. Isto é a função principal dos indicadores que devem medir até que ponto cada um dos orientadores está sendo atendido num determinado espaço de tempo. Em outras palavras, os orientadores nos proporcionam um checklist para a formulação das perguntas certas que devem respondidas pelos indicadores.
A importância da satisfação dos orientadores
Os orientadores constituem o elemento chave na construção do sistema de Bossel porque a sustentabilidade do sistema depende fundamentalmente da manutenção da coerência e coesão dos elementos (setores) da organização estrutural. Cada orientador precisa atingir uma satisfação mínima e não é possível compensar os déficits de um orientador pela abundância de outros. Por exemplo, um déficit em liberdade de ação em uma sociedade não pode ser compensado por um excesso de segurança. Assim, a sustentabilidade de um sistema exige a satisfação adequada de cada um dos orientadores do sistema. Planejamento, decisões e ações em sistemas sociais devem sempre refletir pelo menos um punhado de orientadores básicos (ou critérios derivados) simultaneamente.
Decorrente disto, a satisfação mínima deve ser obtida separadamente para cada um dos orientadores. Uma deficiência em um dos orientadores pode ameaçar a sobrevivência do sistema como um todo. Somente quando a satisfação mínima necessária de todos os orientadores básicos esteja garantida, o aumento da satisfação dos orientadores individuais poderá ocorrer se as condições, objetivas assim o permitirem.
As diferenças características no comportamento de organismos, de seres humanos, organizações sociais, grupos políticos ou culturais, podem ser explicadas por diferenças na importância relativa agregada aos orientadores. Por exemplo, um sistema pode dar ênfase em liberdade enquanto para outro a segurança pode ter absoluta prioridade.
Os setores principais da organização estrutural
A interação entre o ambiente e a organização estrutural do sistema se reflete nos setores vitais da organização estrutural. No caso do corpo humano podemos dizer que a maneira como a pessoa se relaciona com seu ambiente (como ela vive, se alimenta, atua, se relaciona etc.) se reflete diretamente no funcionamento dos seus órgãos principais (coração, estômago, fígado, estado mental etc.)
No caso de uma sociedade humana, os diferentes setores (subsistemas) relevantes para o sistema são:
I - Infraestrutura: Assentamentos e cidades, transporte, distribuição da mercadoria, sistema de serviços (energia, água, alimentos, bens, eliminação de dejetos, serviços de saúde, comunicação e mídia, educação e treinamento, ciência, pesquisa e desenvolvimento);
E - Economia: produção, consumo, comércio, trabalho, emprego, mercado e comércio inter-regional;
S – Organização social: desenvolvimento da população, composição étnica, distribuição de renda e estrutura de classe, previdência social;
H - Desenvolvimento Humano individual: liberdades civis e direitos humanos, equidade, autonomia individual e autodeterminação, direito ao trabalho, integração social e participação, papéis de acordo com o sexo e classe específica, padrão de vida material, qualificação, especialização, educação para adultos, horizonte de planejamento familiar e de vida, laser e recreação;
G – Governo: governo e administração, finanças e taxas impostos públicase taxas, participação política e democracia, resolução de conflito (nacional, internacional), política de direitos humanos, política de imigração e população, sistema legal, controle da criminalidade, política de assistência internacional, política tecnológica;
R - Recursos, ambiente, futuro: leis e políticas ambientais, política e prática de extração de recursos, proteção dos recursos renováveis, proteção das espécies, direitos das gerações futuras, proteção do legado ecológico e cultural.

Cada um desses setores é vital para o desenvolvimento do sistema geral e representa um determinado capital. O conjunto dos subsistemas constitui o capital total da sociedade que pode crescer ou depreciar-se e deve ser mantido acima de certo nível para poder garantir a existência e o desenvolvimento geral do sistema todo.
O capital de cada setor pode ser descrito da seguinte maneira:
- A Infraestrutura material, constituída pelo estoque material do sistema, tais como cidades, estradas, sistemas de abastecimento em geral, escolas e universidades, etc. É a espinha dorsal material de toda a atividade econômica e social;
- O Capital produtivo, constituído pelo conjunto dos meios operacionais para o exercício de toda a atividade econômica do sistema, tais como tecnologias de produção, distribuição, sistemas bancários, marketing etc.;
- O Capital social, é o potencial de ação coletiva competente, a habilidade de lidar construtivamente e coletivamente com os processos sociais e empregá-los para o benefício do sistema geral. Isto tem um forte componente cultural;
- O Capital humano é o potencial de ação individual competente e as possibilidades de desenvolvimento individual. É o resultado acumulado da tradição, cultura, condições sociais, políticas e econômicas ao nível do individuo;
- O Capital organizacional designa os padrões de know-how e desempenho da administração e do gerenciamento do governo, e dos diversos subsistemas de gerenciamento em geral. O Capital organizacional é vital para o uso eficaz dos recursos naturais e humanos para o benefício do sistema total;
- O Capital natural representa o estoque de recursos renováveis e não-renováveis de materiais, energia e serviços dos ecossistemas, incluindo a capacidade de absorção e
regeneração de dejetos.
O funcionamento e o nível de participação de cada setor vital na manutenção e no desenvolvimento de toda a organização estrutural são medidos pelos indicadores setoriais.
É importante notar que a teoria de sistemas deixa muito claro que os três tipos de indicadores (ambientais, estruturais e setoriais) são interdependentes mesmo pertencendo a dimensões de espaço-tempo diferentes.
A construção e aferição dos indicadores
A dimensão ética
Antes do inicio da formulação dos indicadores há um aspecto importante a ser considerado.
Num mundo de recursos limitados (energia, materiais, água, alimentos, tempo), os sistemas competem por recursos, vantagens e mesmo pela sobrevivência e muitos precisam destruir outros para sobreviver, como acontece, por exemplo, em cadeias alimentares do tipo predador - caça.
E, querendo ou não, o ser humano pertence exatamente a esta última categoria.
Enquanto seres conscientes devemos ter conhecimento das implicações das nossas ações para outros seres e para nosso ambiente em geral. Normalmente podemos escolher entre diferentes ações possíveis, e somos, portanto, responsáveis por essas ações, o que implica na necessidade de atribuir uma dimensão ética aos indicadores que queremos construir.
Tradicionalmente, a ética lidava exclusivamente com seres humanos e suas interações, mas recentemente todos os seres sensíveis, capazes de sentir dor, foram incluídos nas discussões sobre ética (WARWICK, 1996; BIRNBACHER, 1988; BORMAN; KELLERT, 1991; DEVALL; SESSIONS, 1985; FROMM, 1976; HARDIN, 1972; JONAS, 1979; KOHN, 1990).
Assim, a ética é chamada á opinar sobre assuntos como a extinção de espécies, destruição de ecossistemas e paisagens, esgotamento de recursos, criação de mudanças irreversíveis no meio ambiente, introdução de tecnologias de alto risco e componentes tóxicos, desaparecimento de culturas indígenas, destruição de realizações culturais, redução de opções para gerações futuras etc.
Os primeiros passos
Para iniciar a construção de um sistema de indicadores capaz de avaliar a viabilidade de um sistema complexo (no caso a sociedade humana), devemos:
- Definir com clareza a razão de nossa preocupação. A sustentabilidade que estamos buscando dever expressar com muita precisão nossos objetivos maiores;
- Adotar um referencial ético que guie o relacionamento com os outros sistemas dos quais dependemos ou cujo destino influenciamos ou de algum modo controlamos;
- Ter dados suficientes sobre os setores vitais (elementos ou subsistemas) que compõem a organização estrutural, cujos limites devem ser definidos com precisão. Devemos conhecer os papeis e funções dos setores vitais para o desenvolvimento geral do sistema;
- Avaliar cada um dos setores vitais e verificar:
a) qual é a viabilidade e o desempenho do setor individualmente?
b) como cada setor contribui para a satisfação do orientador?
- Definir cada indicador setorial com clareza e sem ambigüidades, com medidas qualitativas (‘suficiência’, ‘insuficiência’) ou quantitativas, classificados hierarquicamente.
Os Indicadores ambientais, estruturais e setoriais
Lembramos que o déficit de um orientador não pode ser compensado por uma super-satisfação de outro orientador. A deficiência de um orientador implica em uma ameaça à viabilidade do sistema todo, do qual este faz parte. Deficiências de orientador são, portanto, luzes vermelhas que requerem imediata atenção.
Uma vez definidos os componentes fundamentais do sistema, H. Bossel propõe uma lista de cerca de 220 possíveis indicadores, que foram ordenados nas seguintes categorias:
- indicadores normativos e éticos;
- indicadores psicológicos;
- indicadores de qualificação;
- indicadores organizacionais;
- indicadores de condições de vida;
- indicadores de bem-estar e condições sociais;
- indicadores de recursos materiais;
- indicadores financeiros e econômicos;
- indicadores de dependência;
- indicadores ambientais.

Ao incluir nesta listacombinar os indicadores que fornecem informações sobre o potencial de desenvolvimento sustentável de todos os componentes de uma sociedade, H. Bossel vai além dos indicadores metodos geralmente usados que se concentram principalmente em sistemas de indicadores (ambientais, sociais e econômicos) sem estabelecer relações concistentes entre os mesmos.. Para tal, ele
Acombina os indicadores numa matriz de sustentabilidade que mostra como esses indicadores estão relacionados ao com o desempenho de cada setor vital e ao com o desempenho do sistema geral.
Há indicadores que são relevantes para a satisfação de diferentes orientadores em diferentes sistemas setoriais e aparecem, portanto, simultaneamente em diversos lugares da matriz. Porém podem ter diferentes implicações em diferentes contextos. Por exemplo: alto crescimento de produção pode contribuir positivamente para liberdade de ação do sistema econômico, porém negativamente para os orientadores segurança ou existência.
O número relativamente grande de indicadores aqui apresentados certamente pode parecer exageradoa, mas isto devem ser entendidos como sugestões sugestão e é bom lembrar que H.Bossel propõe desenvolveu estes indicadores para auma pequena cidade realidade da sociedade alemã. No caso da realidade brasileira ou amazônica, certamente haverá outros indicadores mais fáceis de obter, ou que melhor respondam á satisfação dos orientadores em questãocaracteristicos da região.
Nesta parte do capítulo trata-se principalmente de expor o método desenvolvido por Bossel que nos parece importante entender e empregar especialmente quando se trata danao somente para a criação de indicadores que devem ter a capacidade de refletemir o grau de sustentabilidade de uma sociedade ou de uma organização social, mas sobretudo para a elaboração de oientacoes para políticas publicas..
Por mais importante que seja a construção de Índices ou clusters de indicadores, não podemos esperar capturar todos os aspectos relevantes do desenvolvimento de um sistema complexo em um único Índice. Por isso H.Bossel propõe uma matriz de aferição dos indicadores, onde todos os orientadores são cruzados com os diferentes indicadores, podendo assim verificar diretamente quais as ações que precisam ser tomadas para garantir a satisfação de um determinado orientador. Uma eventual agregação de indicadores para formar índices deve levar em conta que não é possível construir um índice com indicadores de unidades totalmente incomparáveis, por exemplo, expectativa de vida com poluição das águas subterrâneas.
Lembramos que o conceito de sustentabilidade somente tem sentido se é referido a um sistema específico bem definido (uma economia nacional, um país, uma região etc.). Conseqüentemente, conjuntos de indicadores são sempre específicos para um sistema definido. Entretanto sistemas semelhantes - por exemplo, municípios da Amazônia brasileira - por mais diferentes que possam ser, certamente apresentam também alguns aspectos sistêmicos semelhantes.
Proposta de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável
Em seguida apresentamos as 10 grupos categorias de indicadores com seus respectivos números e os objetivos de seu levantamento. É imprescindível lembrar que cada indicador aqui enumerado é uma proposta que deve ser adaptado para cada caso especifico. Em muitos casos certos indicadores podem não fazer sentido ou simplesmente não podem ser calculados devido a ausência de informações necessárias.
Indicadores Normativos e Éticos

N01 Proteção da saúde e dos direitos do indivíduo, natureza, gerações futuras na lei básica (Constituição)
N02 Freqüência das violações dos direitos humanos
N03 Desconto do futuro aplicado em decisões políticas
N04 Grau de concordância das decisões políticos e econômicos com os princípios éticos da cultura regional
N05 Grau de concordância do sistema legal com as necessidades de sistemas naturais e de gerações futuras.
N06 Nível de justiça (percentual da população que vê o sistema como “extremamente injusto”)
N07 Fração da população com orientação predominantemente competitiva vs. Orientação cooperativa
N08 Percentual de comercialização dos serviços sociais essenciais
N09 Fração de atividades econômicas controversas (ambiental, de recursos, problemas econômicos e sociais, direitos humanos, ética, ) (protestos nacionais e internacionais)
N10 Número de juízes e advogados por centena de milhar de população100.000 habitantes.
N11 Inércia de normas sociais: taxa de mudança de normas e comportamentos sociais: (inventário de bens de consumo)/ (taxa de reposição eficiente de bens) = tempo de adoção de inovação.
Indicadores Psicológicos

P01 Ansiedade relacionada a problemas econômicos (pobreza, desemprego e % da população que vê isto como problema sério)
P02 Ansiedade relacionada a problemas infra-estruturais (% da população que vê isto como problema sério)
P03 Ansiedade relacionada a problemas sociais (percentual %l da população que vê isto como problema sério)
P04 Ansiedade relacionada a desenvolvimento individual e autodeterminação (% da população que vê isto como problema sério)
P05 Ansiedade relacionada a governo e administração (% da população que vê isto como problema sério)
P06 Ansiedade relacionada a recursos, ambiente, futuro (% da população que vê isto como problema sério)
P07 Índice de felicidade pessoal (bem-estar): percentual da população feliz com sua vida
P08 Percentual de pessoas que considerem sua vida determinada por forças externas: burocracia, hábitos, normas sociais.
P09 Satisfação no trabalho: número de dias de licença por empregado, por ano / dias de licença por média de adultos por ano)
P10 Percentual da população que preferiria viver em outro lugar por razões de desenvolvimento pessoal
P11 Percentual da população que preferiria viver em outro lugar por razões de deficiência de infra-estrutura
P12 Percentual da população que preferiria viver em outro lugar pelo futuro dos filhos
P13 Alienação política: percentual da população que não se identifica com nenhuma das filosofias políticas representadas pelos políticos eleitos ou pelo governo
P14 Grau de coerência entre a forma política de governo e o sistema econômico e as normas sociais e culturais
P15 Proximidade média de locais de lazer e descanso (por ex. florestas, parques, templos, Igrejas, etc.)
P16 Estética paisagística regional (em uma escala de agradável para feia)
Indicadores de Qualificação

Q01 Taxa de investimento em educação) / taxa de investimento em produção de capital
Q02 Custo anual de educação / produto interno bruto
Q03 Custo de educação individual.
Q04 Tempo de vida media gasta em educação e treinamento
Q05 Índice de equidade educacional: anos de educação dos 10% mais graduados / anos de educação dos 10% menos graduados
Q06 Nível de educação dos 20% menos graduados da população
Q07 Qualidade e nível médio da educação e profissionalização: equivalente em anos de educação européia
Q08 Espectro de qualificações, qualificações pessoais, experiência: n( de qualificações qualitativamente diferentes por 1000 hab (múltiplas qualificações por pessoa contam!)
Q09 Relação entre empregados com pouca especialização e empregados muito especializados
Q10 Exigências de competência de emprego em negócios e indústria, administração, política, ciência, educação)
Q11 Percentual da população adulta com capacitação de gerenciamento e organização (remunerada ou não): porcentagem da população que poderia gerenciar um negócio de mais de 3 pessoas, com eficiência
Q12 Nível de qualificação de empregados e gerentes em relação ao nível médio de qualificação da população
Q13 N( médio de alternativas individuais viáveis na atual situação (emprego, local de moradia)
Q14 Média de anos em um emprego ou cargo
Q15 Possibilidade de adesão a um plano de vida
Q16 Liberdade pessoal de buscar novos rumos: anos de preparação antes que seja possível uma mudança maior
Q17 Percentual da população atingida por informação de mídia qualificada (jornais, revistas, TV, rádio, livros)
Q18 Potencial criativo: artistas, escritores, cientistas por 1000 habitantes.
Q19 Percentual da população adulta que continua sua educação após o término da educação formal (> que 200 horas por ano)
Indicadores Organizacionais

O01 Grau de estabilidade financeira, política e social: inflação; duração média do governo
O02 Percentual de projetos do governo modificados ou abandonados
O03 Disponibilidade orçamentária (% do total de gastos): (superávit ou déficit líquido) / (total da receita do governo)
O04 Potencial disponível de fundos não comprometidos como fração do orçamento total
O05 (Custo do governo ou administração per cap.) / (custo de vida médio)
O06 Redundância de processos, serviços e instituições essenciais e centrais.
O07 Índice de opções de sistema viáveis (n( de diferentes opções viáveis por decisão implementada)
O08 (Nr. de problemas maiores não resolvidos) / (problemas resolvidos por ano) = tempo de solução de problemas
O09 Porcentagem de problemas resolvidos pelo governo e administração (comparados aos ‘resolvidos’ por negligência, negócios e indústrias, organizações não-governamentais ou agentes internacionais
O10 Taxa de sucesso no alcance de objetivos em longo prazo: (objetivos pendentes / taxa de alcance de objetivos) = tempo de realização de objetivos
O11 Percentual de crimes solucionados e condenações
O12 Percentual do PIB que vai para suborno, corrupção e favores políticos.
O13 Capacidades administrativas e organizacionais livres e fundações (como percentagem do total): porcentagem de cientistas e planejadores de pesquisas e desenvolvimento orientados para o futuro
O14 Média de qualificações profissionais múltiplas por escalão administrativo superior
O15 Nível de burocracia institucional: burocratas e administradores no governo e na indústria por adultos economicamente ativos
O16 Porcentagem de infra-estrutura essencial que não pode ser convertida a uma base diferente de recurso em menos de dez anos
O17 Tempo médio de mudança institucional (leis, instituições, infra-estrutura)
O18 Tempo médio necessário para implementar grandes decisões empresariais (por ex. trazer uma pequena instalação industrial a uma comunidade)
O19 Espectro de opinião política (mídia): porcentagem da mídia alienada ao maior partido político
O20 Telefone ou telecomunicação por 1000 hab. (incluindo PC’s com ligação à Internet, etc.)
O21 Grau de responsabilidade descentralizada: porcentagem de problemas resolvidos por terceirização
O22 Percentual da força de trabalho autônoma ou em pequenos negócios (< que 10 empregados)
O23 Eficácia da participação política e social
O24 Percentual de população politicamente ativa em todos os níveis de auto-governo e organizações não-governamentais (ONG’s)
O25 Média de associação individual em grupos sociais, clubes, ONG’s, per capita
O26 Freqüência de eleições democráticas e plebiscitos (n( por década)
O27 Período médio de grandes mudanças políticas no país
O28 Fração de organizações não-governamentais (ONG’s) por atividade social
O29 Programas inovadores introduzidos pelo governo e a administração: Porcentagem de atividade econômica originada de apoio inovativo do governo (pesquisa, subsídios, isenção de taxas...)
O30 Percentual de (grandes) mudanças de espectro de produtos por ano: média percentual de produtos inovadores de origem regional por ano em todos os setores da indústria
O31 Produtos criativos (patentes, livros, arte, música), etc. por 100.000 habitantes
Indicadores de Condições de Vida
L01 Densidade populacional (hab./km²)
L02 Taxa líquida de crescimento da população
L03 Taxa líquida de crescimento da população) / (taxa líquida de crescimento da infra-estrutura)
L04 Proporção de mudança da taxa de natalidade
L05 Taxa de mortalidade infantil
L06 Taxa de longevidade
L07 Proporção de mudança da taxa de longevidade
L08 Suplemento de calorias per capita conforme porcentagem mínima de necessidade diária para adultos, para a parcela mais pobre da população.
L09 Proporção de crianças subnutridas (ou hiper-nutridas)
L10 Taxa per capita de material de consumo para o consumo suficiente
L11 Percentual da população em nível de pobreza
L12 Percentual da população dentro do alcance (uma hora a pé, bicicleta ou transporte público) de todos os serviços essenciais (suprimentos essenciais, médico, social, administrativo, cultural, educacional)
L13 Percentagem da população com acesso a água tratada suficiente para o local onde habitam
L14 Porcentagem da população vivendo em cidades > 50.000 hab.
L15 Margem financeira = (Média de propriedade, poupança, seguro) / (taxa de renda anual do salário minimo)
L16 Proporção média de valor de moradia para a renda anual
L17 Metros quadrados de vivenda por hab.
L18 Distância percorrida a pé ou de bicicleta pelas pessoas por dia
L19 Taxa de leitura por adulto
L20 Taxa de capacidade de serviço (estradas, escolas, hospitais, etc.) /(taxa de expansão ou deterioração)
L21 Grau de segurança interna e externa: n( de pessoas mortas por ano (por 100.000) em decorrência de terrorismo, crime, instabilidade social, guerra.
L22 Grau de estabilidade social: pessoas desalojadas por ano (por 100.000 hab) em decorrência de guerra civil, condições econômicas ou ecológicas, enchentes, etc.
L23 Porcentagem da população em hospitais, prisões, instituições mentais: (leitos x ocupação) / população.
L24 Fração de tempo de vida individual necessário para o meio de vida suficiente: (horas / n( médio de horas)
L25 Fração de tempo de vida necessário para ter acesso a serviços essenciais (transporte, espera, incl. viagem para o serviço)
L26 Fração de tempo de vida alocado para o lazer: (horas / média de horas de vida)
L27 Fração de tempo de vida despendida em atividades significativas e realizadoras: (horas / média de horas de vida)
L28 Fração de tempo de vida perdida com doenças e incapacitação
L29 Taxa de mudança de qualidade de tempo de vida (educação, saúde, transporte, comunicação) (ou taxa de mudança de tempo de vida necessário para assegurar as necessidades essenciais)
L30 Mortalidade e incapacitação evitável como fração da mortalidade e incapacitação geral (fome, pobreza, epidemias, violência, falta de infra-estrutura)
Indicadores de Bem-estar
W01 Grau de iniqüidade social (percentual da população sob condições discriminatórias por questões de sexo, raça, cultura, religião, pobreza, classe)
W02 Encargos para as futuras gerações devido a demandas excessivas do presente: (uso de recursos não-renováveis / necessidade de estilo de vida suficiente); (débito/capita)
W03 Distribuição de renda: (renda dos 10% do topo) / (renda dos 10% da base)
W04 Índice da taxa de mudança da desigualdade de renda (renda dos 10% mais pobres / renda média)
W05 Problemas sociais como percentagem dos assuntos políticos ativos: porcentagem do tempo do parlamento, devotado aos problemas sociais.
W06 Percentagem da população com renda abaixo do nível de suficiência
W07 Taxa de mudança dos problemas sociais: taxa de mudança da fração da população com renda abaixo do nível de suficiência (pobreza)
W08 Porcentagem da população dependente do sistema de serviço social (seguro desemprego)
W09 (Poupança ou débito médio) / renda anual
W10 Fração da população capaz de sustentar-se a um nível de suficiência em uma emergência
W11 Valor médio do acesso à propriedade (privada ou comunal: moradia, terras, veículos, bens, etc.) em termos de renda média anual.
W12 Percentagem de grandes riscos pessoais cobertos pela rede de seguros ou seguro social
W13 Percentagem das necessidades sociais cobertas eficazmente pelo sistema
W14 Taxa de mudança da capacidade de serviço social: taxa líquida da mudança do capital de serviço social per capita (depreciação do investimento)
W15 Percentual de segurança de fundos, ou dos processos de seguro social para os próximos cinco anos
W16 Probabilidade de financiamento adequado para os processos de sustento social em vinte anos
W17 Taxa de desemprego: percentual de trabalhadores adultos que querem, mas não conseguem achar trabalho.
W18 Taxa de mudança do nível de desemprego
W19 Índice de distribuição de emprego: (volume total de trabalho empregado por semana / população de trabalhadores adultos) / (semana normal de trabalho)
W20 Proporção de sustento social: (crianças + velhos + doentes + desempregados) / (população de trabalhadores)
W21 Taxa de mudança na proporção de sustento social
W22 Custo unitário do serviço social: custo do serviço social anual per cap. por pessoa atendida vs. renda média anual
W23 Fração da população de trabalhadores empregados (remunerados ou não) no trabalho de serviço social
W24 Proporção de serviço voluntário (horas) em relação a serviços pagos (horas)
W25 Fração de tempo de vida de contribuição social dos indivíduos vs. Trabalho para ganhos pessoais (remunerados ou não)
W26 Tamanho médio da unidade familiar que habita num mesmo local
W27 Taxa média de intenso contato social, do tipo familiar, por dia.
W28 Distância média entre o local de moradia dos membros da família abrangente
Indicadores de Utilização de Recursos Materiais
M01 Consumo de recursos energéticos e materiais per capita: (energia / capita x ano), (metais / capita x ano)
M02 Média de consumo e poluição de recursos por produto e serviço, com relação à melhor solução técnica (pegada ecológica / pegada mínima)
M03 Custo de energia como fração do custo operacional do sistema total
M04 (Estoques de alimento e produtos essenciais) / (taxa de consumo) = constante de tempo de reservas
M05 Percentual de capacidade de carga regional utilizada no presente padrão de vida (produção primária e capacidade de absorção de dejetos)
M06 Dependência de recursos esgotáveis, fração de energia renovável.
M07 (Taxa de uso de recurso renovável) / (taxa de regeneração de recurso renovável)
M08 (Suprimentos de recursos esgotáveis) / (taxa de uso de recurso esgotável) = vida do recurso
M09 Energia necessária para obter uma unidade de recurso renovável (unidade de energia / unidade de energia) (por ex. pesca, agricultura)
M10 Taxa de mudança de energia necessária para obter uma unidade de recurso renovável
M11 Energia necessária para extrair uma unidade de energia não-renovável (unidade de energia / unidade de energia)
M12 Taxa de mudança de energia necessária para extrair uma unidade de energia não-renovável
M13 (Taxa de desenvolvimento de substitutos de energia renovável) / (taxa de esgotamento de recursos de energia não renovável)
M14 Redundância de suprimento (para energia, água, alimento): percentual que pode ser fornecido por outras fontes que não a presente.
M15 Quilômetros percorridos por veículos de transporte per - capita por ano (transporte de pessoas em carros, ônibus, trens, aviões)
M16 Distância média de transporte para as fontes essenciais (água, energia, alimentos materiais)
M17 Necessidade sistêmica de sistemas de transporte: percentual da economia dependente de transporte externo (não local)
M18 Fator de diversidade para alimento, transporte, educação, saúde: número médio de alternativas.
M19 Fator de redundância de serviços essenciais de infra-estrutura: porcentagem de serviços essenciais com pelo menos uma segunda instalação ou instalação independente
M20 Espectro de futuras opções sociais fornecidas pelas soluções infra-estruturais (porcentagem. Conversível para opção qualitativamente diferente em menos de cinco anos)
Indicadores Financeiros e Econômicos
F01 Indicador de Esforço econômico per capita: (PIB per capita) / (PIB per capita para suficiência)
F02 Taxa de crescimento de produtividade
F03 Despesas com manutenção de estoque de capital / valor do estoque de capital
F04 Porcentagem de segurança de custo fixo e manutenção de financiamento para os próximos 20 anos
F05 (Total de capital infra-estrutural) / (taxa de investimento infra-estrutural) = tempo renovável (tempo de vida médio do capital infra-estrutural)
F06 (Valor do estoque de capital) / (valor da taxa de rendimento de uso final) = anos de reembolso
F07 (Taxa de poupança) / (taxa de depreciação de capital)
F08 (Custo anual do serviço da dívida) / (renda total)
F09 (Débito per capita) / (custo de vida médio)
F10 Débito futuro da pegada: (débito) / (taxa líquida de reembolso) = tempo de reembolso
F11 Taxa de mudança de débito futuro da pegada
F12 Impacto social e ambiental: taxa de custos externos em operações econômicas para valorar transações econômicas (PIB)
F13 Taxa de subsídios econômicos do governo ou estrangeiros (taxa anual) em relação à taxa de rendimento econômico (PIB)
F14 Taxa de geração de superávit material ou financeiro como fração do investimento total
F15 Profundidade comercial da cadeia de transformação para produtos essenciais: taxa do preço do trigo para o preço do pão ($/kg) / ($/kg)
Indicadores de Dependência
D01 Percentual de dependência de suprimentos vitais (alimento, água, energia, materiais essenciais, moeda estrangeira) de fontes fora do controle do sistema (município, região, estado, pais, ecossistema, etc..)
D02 Percentual da produção essencial gerado dentro do sistema
D03 Taxa doméstica de produção de potencial de alimentos / demanda de alimento
D04 Percentual de produção, comércio e distribuição por organizações domésticas.
D05 Percentual de carga de uso de recursos e meio ambiente dependente de uso não compensado de bens comuns internacionais (atmosfera, biosfera, solo)
D06 Importação e exportação de poluição de ar e de água: (quantidade que entra no país) / (quantidade que sai do país)
D07 Percentagem de parceiros internacionais com visão e interesses semelhantes (língua, política, cultura, religião)
D08 Índice de disparidade de parceiros comerciais: (i (expectativa de vida nacional - expectativa de vida do parceiro i) / (i*expectativa de vida nacional)
D09 Trocas comerciais inter-fronteiras e comunicação vs. Trocas domésticas: proporção do valor de (importação + exportação) comércio para o produto nacional bruto.
D10 Importação ou exportação de problemas sociais (migração, assistência a estrangeiros): (taxa de migração / população) * (nível médio de ensino / nível médio de ensino dos migrantes)
D11 Percentual da população nascida fora do país (compatibilidade de linguagem, diversidade)
D12 Média de contatos internacionais intensivos per cap e por ano (equivalente a 1 hora de conversa, 2 páginas de carta, etc.)
Indicadores de Carga Ambiental

B01 Pegada ambiental vs. Pegada sustentável permitida: área a partir do ecossistema necessária per capita para
produzir ou absorver os serviços utilizados do ecossistema
B02 Taxa de mudança de pegada ambiental
B03 Carga externa sobre o ambiente devido a necessidades pessoais: (taxa atual de consumo) / (taxa suficiente de consumo)
B04 Emissões de gases do efeito estufa por resultado econômico: (toneladas de CO2 equivalentes) / ($ PIB)
B05 Taxa de mudança de indicadores ambientais principais (poluição, desertificação, esgotamento) (porcentagem de mudança por ano)
B06 Percentagem de ecossistemas intactos (área relativa)
B07 Taxa de mudança de área de ecossistemas intactos (selva)
B08 Erosão de ecossistema pela infra-estrutura: estradas e densidade de tráfego (comprimento x km², km percorridos x veículos por Km²)
B09 Taxa de mudança de produção primária requisitada para uso humano (florestas, agricultura)
B10 Taxa de mudança de índice de diversidade ecológica
B11 Espécies em vias de extinção como percentual de espécies nativas
B12 Taxa de mudança da lista de espécies em vias de extinção
B13 Taxa de crescimento de espécies resistentes a biocidas
B14 Taxa de mudança do número de químicos persistentes no ambiente
B15 (Taxa de produção ou importação de químicos - chaves) / (taxa de absorção): acúmulo líquido de poluição persistente
B16 Percentual de km de praias e rios não poluídos
B17 Perda de fertilidade: (solos contaminados + erodidos + acidificados + alcalinizados) / (solo fértil original)
B18 Taxa de esgotamento de recursos não - renováveis: estatística de tempo de vida do recurso = (reservas de recurso) / (taxa de uso do recurso)
B19 Taxa líquida de desgaste de recurso renovável = (taxa renovável - taxa de obtenção) (para florestas, aqüíferos, pescado, solo)
B20 Capacidade de amortecimento (buffer) vs. reservas utilizadas (reservas, ecossistemas intactos, águas subterrâneas, capacidade de amortecimento do solo)
B21 Percentual de fornecimento de recurso, reciclagem, regeneração, funções de absorção de dejetos que devem ser fornecidas por meios técnicos (rede de esgoto, sistemas de água, gerenciamento de dejetos...)
B22 Área utilizada para agricultura sustentável compatível / área agrícola total
B23 Percentual de adaptação local de métodos de uso de recursos para as condições locais
B24 Diversidade e capacidade de uso múltiplo da base de recursos e do ambiente: número de campos de plantações regionalmente adaptados, cada um capaz de suprir 10% da demanda regional.
B25 Capacidade de carga atual vs. capacidade de carga utilizada
B26 Taxa de mudança da capacidade de carga regional: taxa de mudança de produção primária e capacidade de absorção de dejetos
B27 Índice de sustentabilidade da região: por cento do PIB baseado em atividades sustentáveis
B28 Proximidade de colapso (Eutrofização, erosão, exaustão de recurso, super-exploração) (porcentagem de nível
crítico)
B29 Limite de adaptabilidade de ecossistemas chave: taxa atual de mudança vs. Taxa de mudança permitida
B30 Taxa de execução de hipoteca de importantes opções (ambiente, recursos, desenvolvimento regional): taxa de conversão de terra agrícola fértil para infra-estrutura, etc. (por cento/ano); acúmulo de dejetos persistentes.
B31 Custo de saúde da poluição ambiental: porcentagem de tempo de vida perdido para a poluição ambiental (doença, morte prematura: ver índice DALY).
B32 Percentual de rendimento econômico (teoricamente) necessário para contrabalançar efeitos prejudiciais do
sistema
B33 Distribuição percentual de degradação ambiental (água, combustível vegetal e florestas, erosão) devido à pobreza.
Aferição dos orientadores básicos: a Matriz de Sustentabilidade
Uma vez os indicadores escolhidos, definidos e construídos, chega a fase da aferição dos mesmos com os orientadores básicos. Para isto, classificamos os indicadores de acordo com sua contribuição ao desempenho dos setores principais da organização estrutural do sistema: I - Infraestrutura, E - Sistema econômico, S - Sistema social, H - Desenvolvimento humano individual, G - Sistema de governo, R - Recursos e meio ambiente.
Em seguida classificamos os indicadores que contribuem para a sustentabilidade do sistema total dentro da matriz de sustentabilidade.
O próximo Quadro 06 mostra o exemplo de uma matriz criada por H.Bossel para o caso específico de uma comunidade na Alemanha. O tamanho da matriz é diretamente proporcional a quantidade de dados disponíveis.
A matriz de sustentabilidade tem como função de classificar os indicadores de acordo com sua respectiva contribuição para (i) o desempenho dos setores principais e (ii) da contribuição dos setores principais para a sustentabilidade do sistema total sistema total.
Para cada sistema especifico a matriz de sustentabilidade deverá ser construída individualmente.

OrientadorDesempenho dos setores principaisContribuição dos setores principais
para a sustentabilidade do sistema totalIESHGRIESHGRExistênciaL20
F05F13
D01L02
W14
W15L24
L30
L05O03
F08
F09B05
M08
M07
B11
B25L13
L12
L30
D03
L08
B14L11
B10W07
L04
L07
W04
W08W10
W04O08
O09M05
B21Necessidades psicológicasL12
N08N04
W26
W27
W28
P15P07
W01
Q05
L26
L27P13
P14N07
P16
P02
P11P01
P03
N06P04
P10P05
P13P06
P12EficáciaF06
Q02
F15
M15
L18
F03
L22
M01
O20W01
M02
F05W23
W22
W24
B31
O12O23
L27
L28O15
O08M06
B06
M11
M12
M09
M10
M01
B04L25
M16
Q03
O31L24
B32
B26
M06W13
L23
W06Q11
B27
B26O08
O05
O11M03
M16LiberdadeF05
M18
O04
Q12
L14O18
F07
O04
P09
F02W17
W22
W13
W18L06
N02
P08
O24
Q18
P13
L19F08
O13M07
M08
B20M18
B08
M17
L06
L17
L16
L25Q13
O04
B30
F01O04
W23
W05Q08
Q09
D02
F14O26
O19
O07M14
M07
L02SegurançaM19
L05
L30D01
M06
O06W20
W21
W16W09
L30
Q15
W12O01
O10
O02B01
B02
B15
B28L30
B05L15
L11
M04
B12
D04W05
B23
W07W11
Q10L21
O11
B05
L22D01
M14
M08
B19
B22
B13AdaptabilidadeO17
Q07
Q01
O15O30
O13O28
O15
Q07
Q17Q08
Q04
Q16
Q19O14
O21
O17M13
B29
M10
B23M20
L03
L29
B10Q08
Q13
O22O25
N11
Q06Q08
N10
Q14O27
O29O16
B24
B14
B16CoexistênciaB05
B01
B02
B30F12W01
W02W25
B03
W01D07
O24
N05B07
B10
N03B06
B01
B02
B30
D09
L01N09
B09
L10D11
D10
W02
W19
L09
W03
W05
W01D12
B01
B02
F10
F11N01
O08
D08D05
B15
B18
D06
B17Quadro 6 A Matriz de Sustentabilidade segundo H.Bossel

Esta matriz permite ter uma visão bastante geral da sustentabilidade do sistema como um todo e deve servir de orientação para ações políticas concretas.
Por exemplo: Para a satisfação do orientador Existência, cada setor principal requer um determinado nível de desenvolvimento que é medido por alguns indicadores. Assim, no presente caso, os indicadores L20 (Taxa de capacidade de serviço: estradas, escolas, hospitais, etc. /taxa de expansão ou deterioração) e o indicador F05 (Indicador de renovação da Infra-estrutura: Total de capital infra-estrutural / taxa de investimento infra-estrutural) foram usados para medir o desempenho do setor infra-estrutura na satisfação do orientador EXISTÊNCIA.
Da mesma forma esta matriz escolheu, por exemplo, a taxa de mudança do índice de diversidade ecológica (indicador B 10) e o percentual da população em nível de pobreza (indicador L 11) como indicadores importantes para medir o nível da contribuição do setor econômico para a sustentabilidade do sistema como um todo.
A Figura 1 5 em anexo (em Anexo) mostra a hierarquia das relações entre componentes do sistema e indicadores.
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Anexo

Fig.5 Hierarquia das relações entre componentes do sistema e indicadores











 Segundo Godin (2005), antes do matemático belga Adolphe Quételet (1796-1874), provavelmente o criador das estatísticas públicas, modernas, a estatística era uma simples compilação de informações numéricas. Após Quételet, estatísticas mais sofisticadas, baseadas em medidas de variação, começaram a ser empregadas.
 HYPERLINK "http://www.hazelhenderson.com/"Hazel Henderson, afirma num artigo publicado no Le Monde Diplomatique: Por exemplo, um país pode cortar toda a sua floresta e registrar o valor da venda da madeira como ganho no PIB sem que nenhuma perda seja computada. “O PIB verde da China é um caso emblemático: as taxas de crescimento chinesas, em torno de 10% ao ano há mais de duas décadas, caíam a pouco mais de zero, quando descontadas as perdas ambientais”.
 Por exemplo, em 2006 surge o chamado movimento “HYPERLINK "http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/"Nossa São Paulo - outra cidade” com a participação de cerca de 400 organizações da sociedade civil que criaram mais de 100 indicadores nas áreas: assistência social, cultura, educação, esporte, habitação, meio ambiente, orçamento, saúde, trabalho e renda, transporte, acidentes de trânsito, mobilidade urbana e violência.
 Por exemplo, em 2006 surge o chamado movimento “HYPERLINK "http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/"Nossa São Paulo - outra cidade” com a participação de cerca de 400 organizações da sociedade civil que criaram mais de 100 indicadores nas áreas: assistência social, cultura, educação, esporte, habitação, meio ambiente, orçamento, saúde, trabalho e renda, transporte, acidentes de trânsito, mobilidade urbana e violência.
 O ultimo capitulo do presente livro mostra a aplicabilidade deste metodo no caso conreto da economia brasileira.
 Isto pode ser demonstrado em simulações de auto-organização cognitiva de um animal artificial (KREBS; BOSSEL, 1996).
 Conf. Krebs e Bossel (1996).









 PAGE \* MERGEFORMAT 1


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Os setores principais da organização estrutural
I - Infra-estrutura ’! A Infra-estrutura material
E - Sistema econômico ’! O Capital produtivo
S - Sistema social ’! O Capital social
H - Desenvolvimento individual ’! O Capital humano
G - Governo ’! O Capital organizacional


Os Indicadores capazes de medir a viabilidade do sistema
- indicadores normativos e éticos,
- indicadores psicológicos,
- indicadores de qualificação,
- indicadores organizacionais,
- indicadores de condições de vida,
- indicadores de bem-estar e condições sociais,
- indicadores de recursos materiais,
- indicadores financeiros e econômicos,
- indicadores de dependência,
- indicadores ambientais.


Os orientadores da organização estrutural do sistema.
Existência, Eficácia, Liberdade de ação, Segurança
Adaptabilidade, Coexistência, Necessidades psicológicas


As propriedades básicas do ambiente relevante
O Estado ambiental normal, Recursos escassos, Irregularidade, Variabilidade, Mudança, Coexistência